Pesquisar este blog

Powered By Blogger

terça-feira, 15 de junho de 2010

MAIS SOBRE MARIO JURUNA

Mário JURUNA, Lenda XAVANTE
Xavante é um povo prático. Sobreviver é o trabalho único que norteia todos os atos há mais de 500 anos. Xavante é um povo da floresta. Viveu sempre livre, caçando, pescando, correndo e em treino para a luta. É um povo de gente de verdade.
Os Xavante se chamam a si mesmos de Auwe e auwe uptabi (gente, gente de verdade) e não de xavantes. São os outros povos que os chamam de Xavante e eles aceitam que assim os denominem, mas, eles mesmos se denominam de gente, gente verdadeira.
O que significa "Xavante"? Os xavante não sabem! Ninguém sabe o que quer dizer, nem de onde surgiu esse nome.
Existem mais dois povos que têm o nome Xavante - Ofaié-xavante e Oti-xavante.
E Juruna? Existem duas nações "Juruna", sendo uma em Altamira (Yuda ou Jururã) e outra no Parque do Xingu. Ambas sempre foram maleáveis para entendimento com outras nações e com os brancos. Os Xavante sempre foram duros, como é duro o treinamento para a luta desde que o menino consegue entender como pegar a clava e suportar as pancadas, firme.
Mário Xavante recebeu o nome Juruna para significar que o filho do Cacique da Pacificação, Apoen, seria duro como Xavante e pacificador como Juruna.

Mário Juruna - Filho do cacique Xavante Apoenã, nasceu na aldeia próxima a Barra do Garças (MT) em 1942. Seis anos depois, sua tribo foi contatada pela primeira vez, pela expedição do sertanista Chico Meirelles.

Mário Juruna (Barra do Garças, 3 de setembro de 1942 - Brasília, 18 de julho de 2002) foi o primeiro deputado federal brasileiro pertencente a uma etnia indígena. Nasceu na aldeia xavante Namurunjá, próxima a Barra do Garças, no estado de Mato Grosso e era filho do cacique Apoenã.

O primeiro contato que o xavante teve com um branco foi aos 17 anos. Queria aprender com o “tal povo civilizado” e foi estudar em uma missão religiosa. Não falava português, mas ainda assim pediu permissão para sair da escola e trabalhar na cidade. Quando retornou à aldeia, em 1964, foi recebido com a ira do padre que catequizava os índios. Chegou a ser expulso da tribo, mas continuou na luta.

Viveu na floresta, sem contato com a civilização, até os 17 anos, quando se tornou cacique. Na década de 1970 ficou famoso ao percorrer os gabinetes da FUNAI, em Brasília, lutando pela demarcação da terra para os índios, portando sempre um gravador para registrar tudo o que o branco diz e constatar que as autoridades, na maioria das vezes, não cumpriam a palavra.

Foi eleito deputado federal pelo PDT (1983-1987), representando o estado do Rio de Janeiro. Sua eleição teve uma grande repercussão no país e no mundo. Foi o responsável pela criação da Comissão Permanente do Índio, que levou o problema indígena ao reconhecimento formal. Em 1984 denunciou o empresário Calim Eid por tentar suborná-lo para votar em Paulo Maluf , candidato dos militares à presidência da República no colégio eleitoral. Votou em Tancredo Neves, candidato da oposição democrática. Não conseguiu se reeleger em 1986 mas continuou ativo na política por vários anos. Findo o mandato, e abandonado pela tribo, ficou na miséria, vindo a falecer em decorrência de complicações com o diabetes.

A LUTA - Mario Juruna, após viajar por boa parte do Brasil, na década de 70, passou a percorrer os gabinetes da Funai em Brasília, lutando pela demarcação xavante. Foi então que se tornou famoso: jamais era visto sem seu gravador, "para registrar tudo o que o branco diz". Juruna foi eleito deputado federal pelo PDT (1983-1987). Sua presença no Congresso Nacional teve uma repercussão enorme no país e no mundo. Ele foi responsável pela criação da Comissão Permanente do Índio, uma das poucas comissões da Câmara Federal, o que significou a elevação do problema indígena ao reconhecimento formal. Porém começou a perder prestígio quando se comprometeu desastrosamente com a campanha do candidato do PDS à presidência da República. Findo o mandato, e abandonado pela tribo, ficou na miséria, em Brasília. Faleceu em 18 de julho de 2002.

Xavante era um povo livre e forte da floresta, sem pagé, sem lenda, sem nomes a lembrar, sem se chamar Xavante, pois sempre quis ser um povo livre de tudo isso!
E agora há uma Lenda Xavante! Um Líder Xavante - Mário Juruna
É Lenda mesmo! Lenda para os Brancos! Para seus aliados do passado, os Xerente! Para os Terena! Para os Kayapó! Para os Juruna! Para os Bororo! Para os Kadiweu... e para os Xavante também!
Entre 300 nações com 180 idiomas ainda falados no Brasil, Mário Juruna é o único homem da floresta que saíu da tribo e se elegeu para o Congresso Nacional e ali disse a todos a Sabedoria do Homem da Floresta: "Nós somos gente de verdade! Vocês não são gente verdadeira!"
Passou como um meteoro, mas, depois que se recolheu aos milhões de ancestrais que se foram antes dele, só então começaram a perguntar: Existiu mesmo? Foi ele um homem de carne e osso, ou foi uma Lenda?
A organização Mário Juruna pelo Índio é uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP), constituída em 21 (vinte um) de Fevereiro de 2000, e presidida por Mario Juruna. Após o falecimento do Presidente em julho de 2003, seu filho Diogo Aniho Juruna prosseguiu até 2007, ficando dois anos em inatividade. Em 29 de novembro de 2009 realizou assembléia para eleger nova diretoria (abaixo) e prosseguiu a atualização de registros com mudança da sede para Goiânia, com filiais em Brasilia e Barra do Garças (aldeia Barreirinha).
A Organização Mário Juruna Pelo Índio procurará dar continuidade à obra de despertar que ele inaugurou e que tem por objetivo lutar juntos com esse grande povo da floresta para que se possa viver neste mundo como "gente", "gente verdadeira" e que esse homem concreto, prático, real, O INDIO, continue existindo amanhã sem tornar-se uma simples lenda, a Lenda Xavante, sem pagé, sem lendas, sem nome, num futuro sem gente, sem xavante, sem índio, sem verdade.

RELAÇÃO DOS MEMBROS DA DIRETORIA DA

ORGANIZAÇÃO MÁRIO JURUNA

Mandato: 01/12/2009 A 01/12/2011

PRESIDENTE: Arimar Silveira de Oliveira,

VICE-PRESIDENTE: Diogo Aniho Juruna,

1 Secretário: Leonardo Urebeté Juruna;

2 Secretário: Mário Juruna Neto Urebeté;

1 Tesoureiro: Isis Brom Cirilo;

2 Tesoureiro: Xisto Tserenhi´ru Tserenhimi´rami;

Conselho Fiscal:

Honorina Rewaptawe Juruna;

Cosme Tseredi´a Hambe;

Nelson Rudzane Hambe;


4 comentários:

  1. Vamos tomar atitude!!! a indiferênça é o maior preconceito!
    Necessitamos de voluntários!!! 62 36390180 - 62 81645062 pergunte como?

    ResponderExcluir
  2. Estou pesquisando o povo xavante, sempre soube desta denominação deles e hj mais q nunca me interessei por este povo. tenho um amigo q se diz filho de uma india xavante, doado p um casal de mato grosso, e realmente ele é gente, gente de verdade!
    Ele nasceu em 02 de maio de 1975, vcs sabem alguma detalhe desta estória?Se souberem me mandem por favor
    um abração a todos vcs e q a Grande mãe terra o pai sol e a lua os protejam sempre, n deixem os homens brancos tomarem conta desta linda energia!
    Meu e-mail: malu.higa@yahoo.com.br

    ResponderExcluir
  3. A todos VCs direto ou indiretamente ligado ao Cacique Mário Juruna, que entrem em contacto comigo,fui o cabo eleitoral dele pois na época eu era segurança do Palácio do Catete nós por amor ao Leonel de Moura Brizola e para ajuda-lo a se reeleger Governador do Rio de Janeiro eu fui cabo eleitoral do Juruna para Deputado Federal e ganhamos a eleição tanto ele como o Brizola ele estava hospedado no hotel defronte ao Palácio da República no Catete. Só me lembro do seu irmão Mu iê. Por considência a pouco anos atrás seu neto wuamaeté, prof dos Xavantes na língua portuguesa passou comigo uns quinze dias em casa, perdi o contato com ele gostaria que através de VC eu possa encontrar esta criatura que eu amei como um irmão. Por favor me ajudem meu tel é ( 15 ) 3235-3676. Tenho uma reportagem sobre nós .Meu nome é Raymundo Nonato Rocha...*** Carioca Índio do Brasil ***ou Dy Ray Nonato Rocha....Tenho certeza absoluta que serei atendido ou contatado por um de VCs. Um abração a todos sou neto de Índio do Amazonas...Mamãe nasceu em Manacapuru e muitos de meus parentes somos amazonense. Sorocaba 21/4/2013 . São Paulo Carioca Índio do Brasil...

    ResponderExcluir
  4. Nasci em Manaus Estado do Amazonas mamãe nasceu em Manacapuru significa Terra nova , aos cinco anos órfão de pai fomos para o Rj e morrei por anos e anos lá, me tornei Carioca honorário na Terra do CASA DE BRANCO e hoje vivo em Sorocaba TERRA RASGADA vivo há anos em SP e ganhei o apelido carinhosos de CARIOCA e em Sorocaba por causa da minha origem ÍNDIO do BRASIL.Na Marinha de Guerra fui da E.A.M.E.S..fui comandado pelo Capitão Tenente Fábio Soares Carmo que chegou ao posto de Vice Almirante,servi a bordo do Navio G-16. Sob o comando do Capitão de Mar e Guerra Luiz Eduardo Brígido Bittencourt que chegou a Vice Almirante em SP Capital fui Radialista graças ao amigo político, cantor, compositor, radialista, apresentador de TV , um paladino e um grande defensor dos emigrantes nordestinos que vinham para a cidade de SP , labutar, sofrer, morrer por um objetivo e uma vida melhor é meu esse pensamento " O BRASILEIRO É O ÚNICO JUDEUS QUE PEREGRINA NO SEU PRÓPRIO PAÍS QUANDO NÃO TEM UMA CASA , NÃO TEM UM TUMULO PARA SER SEPULTADO...VIVEM EM CIMA DA RIQUEZA E MUITOS SÃO POBRES DESGRAÇADOS"

    ResponderExcluir